domingo, 8 de abril de 2012

Sempre pensando nele....

Ainda vou aonde a gente ia
Pensando em te ver de novo
Minha esperança ainda fantasia nosso reencontro
Desenhei teu rosto no teto do meu quarto
Pra dormir sempre te olhando
E ao fechar os olhos me vejo te amando
Por isso que eu acordo sempre chorando
Hoje faz trezentos e sessenta e cinco dias
Faz um ano que você se foi
Refazendo um resumo da minha vida
Vejo que tudo que construí não me valeu a pena
Porque tudo que eu fiz foi pensando em nós dois....


Noite, que me traz saudade
 Fico a te olhar tão triste
Meu pensamento invade
 Com um sonho que não existe

 Olho e procuro como louca
 Você, que não está aqui
 A minha voz cada vez mais rouca
 Te chama, porém não pareces ouvir

 E esse silêncio profundo
 Se espalha como um raio
 Irrompe nesse meu mundo
 Que eu tento sair mas não saio

 Folhas que sopradas ao vento
Parecem me transmitir
 O sopro desse lamento
 Que insiste em me perseguir

 Noites que em claro eu passo
 Tentando encontrar meu caminho
 Eu quero, mas descompasso
 Enroscada pelos espinhos

 E essa música romântica
Que ecoa tão bela no ar
Me aperta uma saudade metódica
 Nas lágrimas que o meu pranto faz rolar
 Noite, noite companheira
 Vem num sussurro e espia
 Surpreende essa dor traiçoeira
 Que me faz ser alguém tão vazia

Leva esse mal que me acaba
 Desapareça com ele bem rápido
 Pois eu vejo que a vida desaba
 Nessa ilógica de encanto tão árido

 Brisa da noite refrescante
 Sopra e vem num enternecer
Inebria o meu ser e estonteante
 Me faça somente esquecer...

 (Regina Aparecida Magalhães) 


quinta-feira, 5 de abril de 2012

É preciso reaprender a viver....

Nascemos independentes da nossa vontade. Mas a vida é um encanto. E nos encanta.Os primeiros risos, as primeiras flores, os primeiros amanheceres, os primeiros anos... as primeiras descobertas. Vamos desbravando a vida e enfrentando o desconhecido maravilhados...

Então vêm os primeiros nãos... As primeiras quedas, as primeiras decepções, as primeiras lágrimas que não nos impedem, nem por isso, de ir em frente!
Mas um dia o desconhecido, o inexplicável, pode tirar nossa vontade de viver.

As perdas, as grandes, aquelas sem volta que, por mais alto e forte que gritemos, fazem-se de surdas...

E a vida perde seu sentido...

Os amanheceres e entardeceres tornam-se uma e a mesma coisa: tristes! Recusamo-nos a ver a luz do dia, o sol que brilha, a vida que palpita, os pássaros que cantam e as flores que, teimosas, continuam se abrindo em total indiferença à nossa dor.

E é preciso, nesse momento onde queremos parar mas que a vida não pára... é preciso reaprender a viver.

Não aceitamos nossas perdas irreparáveis e absurdas, mas precisamos aprender a viver com elas e apesar delas. E ver a vida com outros olhos. Talvez, reconhecer de vez nossa pequenez diante do desconhecido. E reviver...

A pequenos passos, tímidos, lentos, tal qual criança que ainda não viu nada, mas com a sabedoria dos velhos que já sabem que a vida é um poço de mistérios.
E vamos assim, não importa nossa idade, desbravando novamente a vida. Vamos sorrir novamente. Ver a luz do dia, olhar nos olhos dos que ficaram e que estiveram do nosso lado mesmo quando estivemos temporariamente cegos a tudo o mais. Ver as flores, que nunca desistiram de viver e experimentar o dia-a-dia, novos gostos dessa nova vida que se oferece a nós.Tudo pode ter um fim. Mas todo fim pode ser o início de um recomeço. E a vida continua linda..

Te amo meu filho. estou sempre aqui...

Até onde Deus deixar....